CONHECENDO UM POUCO A NAÇÃO JÊJE


VODUNS

Os Voduns são ícones ou "Orixás" da Cultura Jêje. São diferentes dos Orixás tradicionais pois não pertencem somente à estrutura de criação do Planeta Terra. Estão acima dos Orixás, pois pensam, decidem e têm senso de distância, pena, ódio, amor, tempo. São Tridimensionais, Binários e Ternários, Holográficos, Lógicos, Aleatórios e infalíveis. Alguns têm a sua "origem" fora do mundo e, outros ainda, fora do próprio Sistema Solar – porquanto alguns, são legitimamente extraterrestres. Os Voduns, em sua grande maioria, foram seres humanos e ou, anjos, que participaram do "assentamento" do "macaco pensante"- (ser humano) no mundo. (Vide Bíblia - Gênesis 6.) (Vide Titans na Mitologia Grega).
Exemplos de alguns Voduns originais: Profeta Elias, Profeta Enoch, Profeta Eliseu, Noah (Noé), Nimrod (Oduduwá) Moysés, Josué, Helena de Tróia, Judith, Maria Madalena, Hamurab, Golias, Alexandre, O Grande e tantos outros. A codificação dos Voduns foi feita por Jethro, Sacerdote da Tribo de Dan (uma das 12 Tribos de Israel), sogro de Moisés, que o acolheu quando este foi expulso do Egito. Jethro ensinou à Moisés como usar os poderes mágicos que Jeová lhe concedera no Monte Sinai. Portanto, Voduns representam a capacidade de Mutação, restauração e evolução eterna em ambos os sentidos. São espíritos importantes na "constituição" de uma nação ou tribo. Os Voduns, necessariamente são espíritos ou energias racionais que comandam o estrutural da vida de muitos seres humanos ou comunidades. Os Voduns detém todo o poder sobre os Orixás, alterando-os, modificando-os e dirigindo sua força quando necessário. Alguns Voduns foram Nephlins.


A magia dos Voduns é poderosa e altera sistemas governamentais e sociedades. Um exemplo disto, está na "Família Kennedy" cujo ancestral Joseph Kennedy não cumpriu com as promessas feitas ao sacerdote do seu próprio Vodun, gerando com isto toda a tragédia que vitimou seus descendentes. Erroneamente este ritual está classificado pelos dicionaristas menos competentes ou menos avisados, como "pratica de magia negra". Não existe prática de magia branca ou negra – existe prática de magia positiva ou negativa. A única diferença entre a magia Vodu e as demais, é que, o Vodu funciona para o bem ou para o mal. É a eterna luta entre o Faraó Ramsés II e Moisés – qual a Cobra mais poderosa ? A cobra do Rio Nilo ou a Cobra do Jardim do Éden?


Mas os Voduns conseguiram tanto com seus Arquétipos Positivos, quanto com seus Arquétipos Negativos, chegar aos nossos dias em nossas Américas: - Nova Orleans, Haiti e Maranhão (Brasil). Está aí no Boi de Matraca, Tambor de Crioula, Terecô, Tambor da Mina do Maranhão, Tambor Dagomé de Cachoeira na Bahia, Batuque Oyó do Rio Grande dos Sul e tantos outros rituais da Cultura Jêje espalhados pelo Brasil, talvez o maior herdeiro da Cultura Vodun do mundo.


Dezenas de Voduns que são hoje conhecidos nos "candomblés" da Bahia, foram "importados" desta cultura habraico-sumeriana. Spakatá, Nanan Burukú, Aguê, Aziri, Abotô, Neossum, Ajagunan, Ajagun, Legbá, Bará, Tobôssi, Fá, Nikassé, Oduduwa, Zomadonu, Davissés, Ewá, Olókun, Oxunmarê e Dan, são apenas alguns nomes, de centenas de Voduns que hoje habitam o Brasil e interferem na política, na genética e no futuro do país. Fizeram presidentes, senadores, governadores, deputados e governadores. Alguns para o BEM, outros para o MAL. Cada um recebeu a sua oportunidade. Se a usou da forma certa e para o bem do POVO, está "colocado". Senão, virou um "Zumbi" escravo de outros tantos piores do que ele próprio. Assim é o JÊJE ou Vodú..Uma opção entre o certo e o errado, entre ser bom ou perverso. Entre ter o poder político ou financeiro e distribuir pelo POVO, ou usar isto tudo a MASSACRAR o POVO. Mas é preciso não se esquecer que o VODUN veio do Povo, para o Povo e pelo Povo, assim como Abrahão, Ismael, Isaque, Jacó, Moysés, Davi, Jesus e tantos Santos sacrificados.


O dia no qual os sacerdotes (políticos ou não), assim como Jetrho, olharem para o Povo, os Voduns alcançarão seus filhos e mudarão todos os Sistemas de Governo. Caso contrário, não há necessidade de sacerdotes, pais-de-santo, babalorixás, pastores, bispos ou padres. Os Voduns farão sua ligação com o POVO, sem a necessidade de intermediários. E aí, "O Fogo do Céu" cairá sobre os Palácios do Governantes. Exatamente como aconteceu no passado. Vodun é Vida, é Preservação da Espécie, é Evolução!

Antropologia, Totens, Origens, Voduns e Bossuns da Cultura Jêje

Tese de antropologia - prof. Eduardo Fonseca Júnior



Apesar de ter influído em grande escala na cultura Yorubá no Brasil, à ponto de ter centenas de vocábulos, práticas e rituais inseridos naquela cultura, o Jêje tem as suas raízes, totens, famílias e origens estabelecidas com grande fundamentos em alguns locais do Brasil, como Cachoeira e São Félix, na Bahia, Recife, em Pernambuco, São Luiz e Codó, no Maranhão. Tal é esta influencia, que criou-se o termo Jêje-Nagô, para se identificar a mistura do Yorubá com o Ewe, Gá, Fanti, Ashanti, Mahii, Mina, etc. – Isto, sem se falar na assimilação cultural feita pela cultura Angola, às varias raízes Jêje.


Está a provar o fato, a existência de termos como Do fono, Dofonitin, Fomo, Fomuntin, Gamo, Gamutin, Vimo e Vimuntin, (palavras do dialeto Ewe), que identificam tanto no ritual Keto, como no Angola, a nomenclatura ordinal de um “barco” iniciático de Yiawos (noviços), nestes rituais.


Palavras como Acassá, faca (faka), garfo (gaflo), forno (fono), de origem Fanti, estão totalmente assimiladas pelos demais rituais, bem como, pela população brasileira em geral. A palavra Tijolo (Tijoló ), de origem Fon dahomeana, está inteiramente inserida no idioma português, sendo referida milhares de vezes, diariamente nas construções civis do Brasil.


Para deixar estabelecida esta forte influencia cultural dos grupos étnicos da Costa do Ouro e Mina, representados por países como Ghana, Togo e Benin (ex-Dahomé ), na Cultura Afro-Brasileira, daremos a seguir a relação das famílias, totens e Voduns da Cultura Jêje, estabelecidos no Estado do Maranhão:


Casa Fanti-Ashanti de origem Akan Osopong de Ghana. (São Luiz) – MA.
Família Osopong:
Bossuns Masculinos (Oboró):


– Akosombo – Bonsutuy – Kipong – Akan-Kuamo – Mapong – Etekó – Nysepon – Legon – Luepon – Afosun – Agubobo– Alabyapong – Aguidihe – Okoinin – Bokulofin – Nikoransa– Tombalasy –Obaila – Irete


Obs.: Os Bossuns são o mesmo que Voduns, ou seja, Orixás. A diferença está na maior ou menor ligação familiar da “casa” com a divindade. Na realidade, são palavras-sinônimas, uma da outra. Quanto à palavra “Oboró” significa MASCULINO, ou Santo Macho.


Da mesma família de Osopong (Oulisa) da Casa Fanti-Ashanti:Bossuns Femininos (Yabás):– Kobina Amanfi – Manupongy – Mientwi – Oti Akentin – Maswi Gadwi – Adanse – Dangowe – Osimpongy – Buinka-Amabow


Existe um fenômeno na Família de Voduns Osopong, dentro da Casa Fanti-Ashanti de São Luiz do Maranhão. Entre os Bossuns femininos encontramos um que atende pelo nome de “Name Unknown”(em inglês, “nome desconhecido”). Está claro que esta Divindade feminina, há pelo menos 300 anos, esconde seu verdadeiro nome, usando um termo em inglês, fato que tem passado desapercebido pelos freqüentadores e zeladores locais. No entanto, é uma das maiores provas da “diáspora” afro-brasileira e transmigração de energias metafísicas de um continente para o outro, vez que “Name Unknown” tem passado de médium para médium, (de filho ou filha para filho ou filha), expressando-se em Fanti, Ashanti, Inglês e Português.


Obviamente, sabemos que a influência da colonização inglesa na Costa do Ouro, data de 1550 quando lá aportaram os primeiros corsários e mercadores da Inglaterra. Este é um dos fenômenos de meta-temporalidade, metafísica e para-normalidade que está a clamar por uma análise científica apurada e um estudo antropológico por parte das Universidades e autoridades pertinentes ao assunto.


Família Tap-Beicile – Casa Fanti-Ashanti
Bossuns Masculinos (Oboró):


– Tap-Kromanti – Ojoufre – Opeledan – Adja Pong – Aden – Aizou – Akilonbé – Bessow – Abonagá – Aizan – Okoinin – Johabe – Setojy – Okonfo – Kounté – Ahouangan – Mamelubam – Ahouamby – Odamy


Bossuns Femininos (Yabá):


– Oberimesan – Omonansy – Onidegbow – Oberem– Olulube – Eguinabá – Matindorú – Osambebe
– Adahowosan – Ajalanan – Dilamwy


Família Hudavisi-Alladá – Casa Fanti-Ashanti
Bossuns Masculinos (Oboró ):


– Akabashé – Zowhun – Okamby – Nyogbé – Gow Ajabyi – Kohoussu – Agonjedam – Aynon – Pog-Lode – Agué – Apojyi – Sansabosan – Anpuku – Obesevy – Kajanjá– Demejy – Oranyin – Bobikuma – Asiby – Togum– Apam – Olopopo – Anamabo


Bossuns Femininos (Yabá ):
– Obiasumabé – Gedeonsú – Ayosú – Osilahou– Sunegan – Afefe – Anansé – Inayé – Lakanjy – Osiby – Akosua – Ajiman

Existe um aspecto interessante na formação da “Família Houdavisi-Alladá da Casa Fanti-Ashanti, que comprova a tese da miscigenação étnica, cultural, transcendental e metafísica do grupo chamado Jêje. Sendo pelo próprio nome, Houdavisi-Alladá, já por si, declara que é oriunda do Dahomé e Togo, quando do reinado de Alladá no Dahomé, o qual se estendeu a oeste para o Togo e Ghana e à leste para a Nigéria.

Daí a grande incidência de Voduns dahomeanos, Orixás yorubanos e Bossuns Ashantis na formação deste Totem Familiar. Por outro lado, há que se destacar a “agregação” desta Família de Alladá à Casa Fanti-Ashanti em razão da origem dinástica Gá e Mina do então Rei Dahomeano Alladá, totalmente conflitante com a dinastia Fon, Ewe e Mahii dos Reis Ghêzo e Glé-Glé que antecederam e sucederam respectivamente à Alladá no trono do Dahomé .


Linhagem totêmica das famílias que compõem a Casa das Minas Jêje:
Família de Davisé – Reis, Imperadores, Príncipes e Princesas:
Voduns Masculinos (Oboró):


– Ahounomisavá – Daco – Donu – Koicinakaba – Dadaho – Zomadonu – Bedigá – Dossú Kpé – Apoji– Tossé – Jogorobossú – Agongonu


Voduns Femininos (Yabá ):


– Sepazin – Nanin – Tossá – Dossú – Dassé – Akueví – Dagbé – Trotrogbe – Revive

Família da Danbirah – Voduns, Energias naturais e Encantos:
Voduns Masculinos (Oboró ):


– Sakpatá – Azonsi – Lepon – Poliboji – Borotoi – Bogoni – Alougué – Bosukó – Hoejú – Abojú


Voduns Femininos (Yabá ):


– Azirí – Bossaladan – Ewá – Bonboromina– Assoabebe – Sandolebe – Sanlevive – Ulolobé

Os Voduns desta família são responsáveis pelos movimentos da natureza e seus elementos, sua fala e “encantos”(encantados e adaptados ao relevo brasileiro). – Está a provar, a existência de um encantado conhecido por “Légua Bogi Buá Trindade” – Assimilação de Elegbá+Polibogi. Este é um Vodun encantado do Tambor da Mata (Terecô) no Maranhão. Legbá (Exu) + Polibogi (Sakpatá)+Buá (Boa Dan)+Trindade (cristã).


Casa das Minas – São Luiz do Maranhão - Linhagem Totêmica:

Família de Envioso



Voduns e Energias do Fogo, Água e Encantos
Voduns Masculinos (Oboró ):


Sogbo – Envioso ou Hevioso – Ajauntó – Afrejó – Afreketi ou Vereketi – Ajanotoi – Loko -Badé – 


Voduns Femininos (Yabá ):


– Agbé – Agamavi – Naité - Lissá


A Família de Envioso é responsável pelo movimento do fogo, da água e a mistura de ambos os elementos. Uma das conseqüências desta mistura seria os raios nas nuvens, fato que classifica Envioso, Sogbo, Badé e Verekete, como Voduns dos raios, trovões e justiça, equivalendo-se aos Orixás Xangô, Ajaká, Aganjú e Abiodun dos Yorubanos. Já Lissa e Naité representam as águas salgadas que evaporam para formar as nuvens, enquanto Agamavi transforma-se em terra para receber a água e o sal oriundo da evaporação, ficando para Agbé o movimento de tudo através dos ventos, brisa.


Raízes e totens familiares do Jêje Dahomé e Mahii Cachoeira/Ba
Linhagem no 1: Tia Paulina e Tia Mansur – Adalio Gunajá
Linhagem no 2: Gaiakú (Maria Angorense) – Tatá Fumontinho
Família de Dan – Voduns do movimento e 4 elementos


– Dadá Houmbe Lissa – Dadaho – Danbirah – Daidah – Dankô – Dan Izo – Dan Gbee


Todos os Voduns da Família de Dan pela raiz de Cachoeira, são Andróginos e respondem nos 4 elementos da natureza, dentro e fora do Planeta Terra. A linhagem Dagomé na realidade é uma transmutação direta da Linhagem de Jethro, sogro de Moisés, que descendia da tribo de Dan.


Família de Oulissa: – Voduns da Vida, criação, concepção, etc.


– Lissa – Aziri – Naé – Naeté – Naedone – Agbé – Ewá – Anabioko
Todos estes são Voduns Femininos (Yabá) envolvidos com as águas.


Família de Sakpatá – Voduns das doenças, pestes, curas, etc.


– Possun – Ajunssú – Azoani – Intoto – Pueu – Idarko – Poliboji – Avimazi – Zangbeto – Ajagun.


Todos este Voduns são masculinos (Oboró), envolvidos com o ciclo da Vida e da Morte, punições, doenças, curas, medicina, pesquisas, etc.


Família de Gunokô – Voduns dos ventos, memória, passado


– Abé – Ijó – Huno – Zagan – Geledê – Tolugenan – Afefé – Abé Dossú.


Família de Aguê – Voduns das matas, da fartura e encantos


– Igbó – Neossum – Loko – Ekun Wale – AgueEtalaAziri– Aroni – Olugbuelé – Wawá – Layielú


À exceção de AgueEtalaAziri que é andrógino, os demais são Voduns Masculinos.


Família de Erzulie – Voduns da Origem marítima da vida


– Ajagurá – Erzulie Dantor – Aboto – Deí– Olokun – Gbingbinbinikin – Dossukpé


Todos os Voduns desta família são femininos e governam os elementos líquidos.


Familia de Elegbá – Voduns da procriação, comunicação e trânsito


– Bará - Elegbará – Odin – Crebára - Obarainan - Ajelu– Gú – Ogagun – Ossatiniko – Elegbá - Lalu - Iangui


Excetuados Gú e Ogagun, os demais são masculinos e femininos de tempos em tempos.


Assim fizemos um rápido relato da condição estrutural da Cultura Jêje trazida para o Brasil por cerca de apenas 10 ou 15% de todo o montante de escravos aportados aqui durante 300 anos.
Como podemos notar, apesar do baixo percentual destes grupos étnicos no Brasil, sua influencia é preponderante nos restantes 85% que para cá vieram.








Maiores informações no livro Zumbi dos Palmares, A história do Brasil que não foi Contada de Eduardo Fonseca Júnior.